terça-feira, 19 de julho de 2016

Meu novo RG, 24 anos depois... O mesmo drama... (2015)

Para dias pesados o melhor remédio é rir... Bom, eu continuo descobrindo que foto 3 x 4 é a melhor forma de tombar uma mulher em uma única cajadada. Tive que tirar uma nova carteira de identidade, pq a minha primeira, tirei aos 18 anos e finalmente resolveram achar que estou muito diferente da foto. Fui eu. Levantei cedo, cabelo arrumado, capricho na maquiagem. Pele bem feita, 3 camadas de rímel para valorizar o olhar, blush pra dar cor de saúde, um batom rosa que combina melhor com minha pele. Levando na bolsa, tudo para retocar a maquiagem, afinal não tinha como saber que horas ia ser atendida. Pois é, hj em dia não é mais o fotógrafo de uma biboca que te detona (ao menos a gente podia escolher um fotógrafo melhorzinho), a foto (pausa de pavor) é tirada na hora, por aquelas câmeras ligadas direto ao computador. Seguindo em minha saga, depois de ficar uma hora esperando, pq a certidão de nascimento tb é muito antiga e tá toda errada, fui encaminhada pra outra fila, para tirar.... A foto!!! E tá que penteia cabelo, retoca o lápis, o pó p tirar o brilho da pele e pensa na melhor maneira de ficar pra não parecer que vai matar um, com aquela cara séria de foto 3 x 4.
Chamam minha senha, sou eu... Fui lá, me ajeitei toda, arregalei o olho com medo de piscar na hora do flash e ensaiei um sorrisinho pra não parecer que tava com ódio de ng.
Vem aquela câmera em cima da gente, fica encostada na nossa cara, ampliando nossos defeitos a décima potência.
Hj peguei a fatídica identidade, fui com medo olhar o resultado... Enfim, a gente vê que não basta nossos defeitos ampliados e distorcidos, tá uma droga de foto escura, uma boca de poker face p causa da idéia idiota de dar um sorrisinho, e o cabelo fora de lugar pq penteou sem olhar no espelho... Bom pelo menos posso viajar em paz, aquela distorcida da foto sou eu mesma, não mais com 18 anos e se alguém achar q não sou a da foto vou ate ficar feliz... Fiquemos com o lado bom, qdo a gente ia no fotógrafo, ainda ficava com 12 cópias das fotos horrendas, agora pelo menos é uma só. O lado ruim é que tá na identidade e vai ter q usar pelo resto da vida, ou pelo menos até alguem achar q já não to parecendo com o retrato. Tomara que seja logo...kkkk Ou não, vai que piora!!!

Sobre demissão e as crises que vem de fora...

Passei duas vezes por isso na vida. Na primeira estava há uns 5 anos na empresa e estava adoecida, mas não percebia. Naquele momento o que parecia um mal, foi o início de novas experiências fantásticas, novas oportunidades, tempo de conhecer os verdadeiros amigos e conhecer outras pessoas incríveis. Na segunda, eu até já queria sair pra iniciar uma nova etapa da minha vida, mas faltava coragem. E qdo aconteceu foi o sinal de que eu precisava mesmo mudar. Mais uma vez. E aqui estou eu. Mudei completamente. Casei, mudei, e sigo me reinventando e descobrindo potenciais que não utilizava antes, sendo testada na minha coragem. Nas 2 vezes que vivi isso fui atropelada por circunstâncias institucionais, mas sempre se mostrou uma coisa boa, pra viver tantas outras coisas depois. O importante é não se deixar estagnar nunca, e se vier o chacoalhao, por mais que seja atordoante no começo, e sempre sinal de que tem mais pra ser vivido, de outras formas e pode ser muito melhor.


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Divagações de 2014...



Algumas coisas a gente aprende na vida, e se eu pudesse dar conselhos com base nessa experiências, nessas percepções, para as pessoas que gosto seriam mais ou menos assim:

Nunca, em hipótese alguma conte a ingenuidade alheia, com a burrice do outro, com a falta de percepção do outro. Subestimar os que estão ao nosso redor é a atitude mais burra que uma pessoa pode ter.

Outra coisa é, por mais impuro que seja o ambiente, ele só te contamina se vc permitir, princípios e valores vão conosco aonde quer que estejamos.

Toda situação tem várias perspectivas, e geralmente não conseguimos enxergar todas, por isso mesmo nem sempre conseguimos ver que muitas vezes exageramos ao observar, seja o lado ruim, seja o lado bom das coisas...

Todo mundo pode achar que a grama do vizinho é mais verde, mas tem que lembrar que o vizinho tb acha a sua grama mais verde que a dele, ou seja, ng nunca está satisfeito com o que tem, pq ng consegue ver bem a situação vivida, justamente por estar nela.

Ninguém precisa desejar o que é do outro, ninguém precisa ter medo de perder nada. Inveja e insegurança são péssimas conselheiras e geralmente só fazem a criatura fazer mais besteiras do que acertar, e justamente por isso se expor de forma negativa, depondo contra si mesmo nas mais variadas situações.

Auto estima me parece ser muito diferente de auto afirmação. Quem tem auto estima, não precisa se auto afirmar o tempo todo, na verdade não sente a menor necessidade disso. Por isso, experimentar se auto aprovar e parar de se torturar por tudo, faz um bem enorme e liberta da necessidade de querer mostrar pra todo mundo o quanto vc se ama e não se importa com a opinião de ninguém (quando é justamente o contrário)...

Pra mim, ser feliz não tem nada a ver com estar eufórico o tempo todo. Eu até desconfio que na euforia tem uma coisa meio sofrida, sei lá, me passa isso, um desepero por uma felicidade que se quer alcançar, mas não se sabe onde. Ser feliz, me parece muito mais, com conseguir estar em paz...

E finalmente (para esse momento), Amor é muito diferente de paixão. Amor é amor, a gente ama, simplesmente ama, pais, amigos, pessoas que mal conhecemos mas nos despertam sentimentos lindos, parceiros da nossa vida... Paixão não. Paixão pra mim é um estado inebriante, mas absolutamente egoísta, insano, inseguro, que justamente por trazer tanta inquietação não foi feita pra durar.


Sobre a saudade...

Estranhos são os sintomas de saudade. Sinto saudades de quem está longe, família, amigos, meus lugares favoritos, os cheiros nos cafés preferidos, andar nas mesmas ruas, ver a mesma correria. Há momentos em que a saudade aperta tanto que angustia.
Mas de todos os sintomas dessa estranha saudade, palavra tão diferenciada que só existe na nossa língua portuguesa, o mais estranho é sentir saudade de mim mesma.
Saudades de falar besteiras à vontade e sem preocupação, de ter frouxos de risos, vendo que causei grandes risadas também. Saudades daquela doce liberdade de sermos apenas nós mesmos.
Parece que quando somos estranhos em ninhos alheios, estamos sempre estudando a melhor frase, o melhor sorriso, aterroriza o medo da inadequação. E esses momentos geram reações antagônicas. Um encolhimento de nossas ações, palavras e trejeitos, pelo medo da rejeição, ou a explosão de todos eles, numa metralhadora giratória, na primeira oportunidade onde sentimos poder nos expressar.
Em ambos os casos, o resultado é catastrófico. Numa nos sufocamos, na outra nos arrependemos. E dói. Se encaixar dói. Dói ser alguém que sente tantas coisas, dói ser um poço de sentimentos. Dói sentir saudade.


sexta-feira, 12 de dezembro de 2014


Há momento na vida que são tão intensos de emoção, de tanta turbulência interior, quase uma implosão. Na maioria das vezes, pelo menos no meu caso, são momentos onde no exterior, no que acontece à volta, está tudo meio parado. Parece que nada acontece e a vida vive em compasso de espera.
Nada mais angustiante pra mim, uma ansiedade enlouquecedora, cheia de medo do que não conhece, do futuro, daquilo que não há como controlar.
Todas as vezes que vivi esses momentos, foram períodos que antecediam mudanças muito grandes, e parecia que eu precisava compreender alguma coisa antes de passar para a próxima etapa.
Estou novamente num momento desses, envolvida sim, com uma série de mudanças, mas de repente, a vida inteira, e tudo que parecia um tanto estável, desmoronou, trazendo muito mais inquietação do que já havia.
Tudo o que se fez e principalmente o que se deixou de fazer desfila pela mente.
E aí, como saber o que fazer? O que há de novo pra aprender? O que esperar? E muito mais importante: Como esperar?


Sobre discursos e visões do mundo e de si...


Achei esse texto na internet. Está com o link e devida autoria creditada. Mas ele na época me chamou a atenção, justamente por evidenciar, como na maioria das vezes, quando uma pessoa julga a outra, critica, calunia, ela está falando muito mais de si mesma e de sua visão de mundo, do que necessariamente sobre a outra pessoa. Os julgamentos sobre o outro evidenciam a mesquinhez, e todas as pobrezas de espírito que a pessoa, deve ter muita dificuldade de ver em si, e de trabalhar na melhoria.

http://www.gostodeler.com.br/materia/12990/o_discurso_sobre_o_outro_fala_mais_sobre_si.html

A nossa batalha começa e encerra em nós mesmo e achamos que é no outro. Se observar, vai perceber que cada pessoa pensa e fala sobre as outras, de acordo com o que ela entende sobre si (...)Inclusive, uma das formas mais fáceis de perceber a imagem interior de alguém é exatamente nas atitudes, nos discursos e na forma de enxergar o outro. É dessa forma que as pessoas falam o tempo todo sobre si, e muitas vezes falam mal, muito mal...
(...)O conflito não é com o outro, é consigo. O outro é apena a "bola da vez".

Retirei alguns trechos, mas vale ler o texto todo... Muito bom!!!

Escrevi esse texto há mais de dois anos para um projeto de blog entre amigas. O projeto não rolou, mas o texto acabou virando nota no meu Facebook. Tanta coisa mudou depois dele, mas ele me fez retomar um prazer antigo: escrever...


Texto para o Blog "Panelinha"

24 de junho de 2012 às 14:56
Estou eu aqui, domingo à tarde,  pensando em escrever alguma coisa sobre a realidade feminina...
Mas nossa, é muita coisa... Então a gente acaba sempre focando naquilo q mais aflige a todas nós, especialmente depois de certa idade: Relacionamentos.

Eu pensei nisso depois q lembrei de um momento absolutamente machista de um amigo meu, comentando sobre a série Sex and the City ( e ele nem sabia que eu era DOIDA pela série): “Pô, coisa mais chata, só mulher encalhada deve gostar disso”.

Diante desse comentário, obviamente me calei.  Mas, em sendo, mulher, e encalhada, me pus a pensar... Putz, e não é que é mesmo? Mas como nunca fui uma pessoa conformada com nada, imediatamente fiz um contraponto: Porque encalhadas? Porque parece q o mundo exige tanto das mulheres?

Temos que ser as bonequinhas do papai quando criança, lindas, malhadas, excelentes profissionais, ser delicadas porque homens odeiam mulheres fálicas (é a gente faz análise p se entender), equilibradas, casar antes dos 30 para não receber a alcunha de “encalhada”, e casando ter logo filhos, p ninguém pensar que o problema é nosso, nós que não podemos engravidar. E tendo filhos o ciclo recomeça, eles tem q ser lindinhos, fofinhos, super educados, tirar  boas notas, etc, etc...

Depois disso tudo a gente só pode pensar uma coisa, a gente vive cansada, não é pq a gente trabalha mais que os homens para ganhar menos, não é apenas isso... É pq crescemos sendo exigidas, cobradas e sim, o mundo é cruel.

O pior disso tudo que não basta ser linda, malhada, usar mega hair p ficar mais sexy, unha de porcelana, perfumes e maquiagens carésimos... A gente atrai os meninos, a gente sai com os meninos... Mas e os meninos? Os meninos... Não querem absolutamente nada!!!

Parece que em todos esses anos pós revolução feminina (ainda penso se isso foi realmente um bom negócio...) esqueceram de fazer uma revolução masculina, incluindo aulas de: Como respeitar a mulher moderna... Liberdade sexual, não significa que as mulheres não querem mais uma casinha com cerca branca... Porque para os homens tem mulher de sobra, fazendo qq coisa p ter um espécime masculino, e eles estão feito o Brasil, deitados eternamente em berço esplêndido, só mudando a companhia...

Mas e aí? O que fazemos nós????? Que já sabemos que a máxima: “Ruim com eles, pior sem eles”  é absolutamente verdadeira???

Bom, Mônica Martelli, já deu a dica: Os homens são de marte...
Os bons devem estar lá...  Mas se você como eu não dispõe um foguete que fazemos???

Sinceramente??? Acho que nada... Vamos todas pegar “Sob o sol da Toscana” na locadora (isso denuncia idade) e ver que se ao cuidarmos do jardim, as joaninhas vem até nós.

Precisamos continuar acreditando que somos hoje, melhores que ontem e por isso estamos, ao invés de encalhadas, mais maduras sim, mas também “melhoradas” em todos os sentidos, e merecendo cada vez mais alguém que nos reconheça como tal...

Fácil não é, eu bem que sei... Mas... Tem opção???


Cristiane de Freitas Antunes